LIVE: A LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA – Direito e Bem Público!

3ª PLENÁRIA VIRTUAL DO 26º GRITO DOS EXCLUÍDOS -DF
Desde 1995, o Grito dos(as) Excluídos(as) acontece no dia 7 de setembro, dia oficial da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em um dia de consciência política, de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar.
O Grito é um processo de construção coletiva, é muito mais que um ato. É uma manifestação popular carregada de simbolismo. É um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos(as) excluídos(as).
Estamos vivendo um momento de crises – social, ambiental, sanitária, humanitária, política e econômica, frutos do sistema de produção capitalista. E quem são os excluídos(as)? São as trabalhadoras e trabalhadores, as mulheres, os idosos, as crianças, os negros, os povos originários, as comunidades tradicionais, o campesinato, o povo das comunidades, periferias e favelas, que são explorados e submetidos à essas crises geradas por este sistema.
O estilo de vida que vivemos é fruto de propaganda contínua que estimula o consumo exagerado. Consumimos o que não precisamos, destruindo a natureza, impondo a nós mesmos a necessidade de consumir para ser feliz. Que sistema é esse? Estamos falando do sistema financeiro, dos bancos, das bolsas de valores, enfim, do Capitalismo, que submete as economias dos países aos seus modelos próprios de acúmulo, lucro e riqueza, tornando-as reféns dos seus interesses. Junto ao sistema financeiro, o sistema político de concessões legislativas que ameaça a vida das pessoas e o meio ambiente, e que, mais cedo ou mais tarde, gera mortes e degradação.
O governo atual ainda pretende vender as riquezas do país, privatizando empresas e bancos públicos, além de serviços básicos como saúde e educação. Que mal tem a privatização? Significa que aquilo que é de responsabilidade do Estado será vendido a preço baixo para pagamento de juros e amortizações da dívida pública. O que gera lucros para outros países e empresas que passam a explorar esses serviços, cobrando mais caro da população brasileira e restringindo aos que podem pagar por eles. E é exatamente o projeto de PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA, concretizado no “novo” marco legal do saneamento (Lei nº 14.026/2020), aprovado no Congresso e promulgado pelo Governo Bolsonaro, que se propõe a transformar a água e o saneamento em mercadoria, na lógica do capital financeiro, aumentando a exclusão da população brasileira a um direto humano reconhecido internacionalmente!
Neste sentido, o 26º Grito dos(as) Excluídos(as), em 2020, tendo como lema “Vida em primeiro lugar”, traz como bandeiras de luta TRABALHO, ÁGUA, TERRA e TETO, convida a todas e todos para participarem da sua 3ª Plenária Virtual de Debates, a ser realizada no dia 15/08, a partir das 16:00 h, tendo como tema: A LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA – Direito e Bem Público!
Esta 3ª Plenária contará com apresentações do Movimento de Atingidos por Barragens – MAB, que vai abordar a questão nacional da privatização da água, e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Distrito Federal – SINDÁGUA-DF, que tratará sobre a questão da privatização do saneamento público no DF. Contaremos também com as contribuições dos mandatos parlamentares populares do PT e PSOL do DF.
